quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Escolas públicas: governo quer universalizar acesso à internet até 2010


Atualmente, menos de 5% dos estudantes da rede pública acessam a internet.
Em princípio, serão beneficiados estudantes de 1ª a 4ª séries.
Lísia Gusmão Do G1, em Brasília

Dos 54 milhões de alunos matriculados nas escolas públicas brasileiras, apenas 2,5 milhões têm acesso à internet no ambiente de ensino. Isso representa menos de 5% do número de estudantes da rede pública. Mas o governo tem a audaciosa meta de praticamente universalizar o acesso à internet nos próximos quatro anos. De acordo com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), até 2008, mais de 50% dos alunos das escolas públicas terão acesso à internet pela conexão banda larga. Até 2010, o objetivo é beneficiar 95% dos estudantes. "É complexo, difícil, mas é uma determinação enfática do presidente", afirma o secretário da Educação a Distância do Ministério da Educação, Ronaldo Mota.

À frente do programa de informatização do MEC, Mota afirma que a primeira meta é garantir que todas as 140 mil escolas públicas do país tenham um laboratório com 10 computadores. O governo adquiriu, no ano passado, 75 mil máquinas que estão sendo instaladas nas escolas urbanas com mais de 200 alunos e nas rurais com mais de 50. Em princípio, serão beneficiados estudantes de 1ª a 4ª séries.

“Não adianta ter máquina sem acesso ao conteúdo”, reconhece o secretário. "Porém, as máquinas já sairão das fábricas com material didático embutido", afirma.


  Orçamento
O PDE tem um orçamento de R$ 130 milhões em 2007 para a implantação de laboratórios de informática nas escolas públicas. Para 2008, está previsto o mesmo valor. Em 2009 e 2010, o montante deve subir para R$ 190 milhões por ano. Mas a universalização do acesso à internet via banda larga nas escolas públicas demandará um investimento superior à R$ 1 bilhão. “A capacitação do professor para o trabalho com novas tecnologias também é fundamental”, ressalta o secretário Ronaldo Mota.

Segundo ele, os ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia, das Comunicações e do Planejamento estão estudando a adoção da internet via satélite, mas, por tratar-se de um serviço caro, esse tipo de conexão deve ser implantada, primeiramente, nas regiões mais remotas do país.