Escolas com mais dinheiro têm mesmos resultados de escolas mais pobres.
Um exemplo da constatação é o caso de municípios que gastaram quase R$ 1 mil por aluno ao ano e tiveram estudantes da 8ª série com média de 250 pontos em matemática no Saeb, enquanto outras cidades obtiveram o mesmo resultado gastando R$ 250. “É claro que dinheiro é importante, mas diferenças na gestão, na forma de alocá-lo são mais importantes para explicar melhores resultados do que a simples quantidade de recursos”, diz Menezes Filho, coordenador do Centro de Pesquisa Acadêmica do Ibmec São Paulo e professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.
O professor comparou as notas dos exames, divulgadas pelo ministério, com os recursos no orçamento da educação dos municípios, que constam no Tesouro Nacional. Pelo cruzamento, o município de São Paulo gastou ao ano por aluno da 4ª série R$ 1.060 e teve média de 168 pontos na Prova Brasil. Por outro lado, os estudantes de Rio Branco (AC), com média de 177 pontos, custaram R$ 589. Já os de Porto Alegre custaram R$ 843 e tiveram média de 184 pontos. “O que esse cruzamento faz é reforçar o conceito de que um dos grandes problemas da educação é a falta de gestão”, diz a secretária da Educação do Distrito Federal, Maria Helena Guimarães de Castro. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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